quinta-feira, 21 de abril de 2011

Medo da própria sombra

Por que nos sentimos tão sozinhos até mesmo quando não perdemos ninguém e tantas pessoas nos amam? Por que mesmo quando alguém está ao nosso lado ainda queremos mais?
Por que desejamos sempre mais do que temos?
Por que?
Simplesmente quero sentir a vida e ver a alegria, mas isso me parece difícil às vezes. A idéia de ter que carregar, guiar e cuidar de uma vida inteira me assusta. Tudo me assusta. Tudo. Quando sorrio, tenho medo de parar. Quando sonho, tenho medo de que acabe. Quando tomo decisões, tenho medo do futuro. Tudo me assusta. Tudo.
Não entendo porque os caminhos tem curvas e as flores, espinhos.
Não encontro razão na dificuldade, no medo, ou melhor, no meu medo.
Afinal, qual é a base vida?
Procuro uma razão para tudo, até mesmo para aquilo que não tem uma resposta. Inútil, mas as respostas me acalmam, me trazem a sensação de solução, mas não preciso de soluções, e sim de ações. Tenho de agir, querer e me satisfazer.
Tenho apenas que viver.
Viver.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Desejos e encantos

 Seguro suas mãos bem apertadas, como quem as toca pela última vez. Só agora percebo que possuem pequenos calos, mas não importa, pois a certeza de que são suas me faz  não querer largá-las nunca mais.
 Olho em seus olhos fixamente, agora já totalmente hipinotizada por eles. Antes pretos, mas agora um lindo castanho iluminado pelo sol.
 Sinto seus longos cabelos tocarem meu rosto constantemente, e agora estes se misturam aos meus, por conta do vento. São macios. Bonitos. São seus.
 Seu cheiro doce e suave me invade, fazendo de mim cada vez mais encatada e sorridente, desejando estar sempre mais próxima de você.
 Agora me dê ao menos um motivo para não te amar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Meu eterno companheiro

  Não sei o que realmente sinto...Apenas tenho certeza de uma coisa: a falta de sua presença me traz um grande vazio. Isso. Um vazio. Sei que mesmo antes de você sumir, ou seja lá o que for, estava longe, mas a sua insegura vida me trazia a falsa esperança de que tudo estaria e ficaria bem. Agora sei que você se foi, e não sei para onde. Toda aquela ilusão de que tudo continuaria como antes se foi também.
  Vejo outros sofrerem com sua ida. Encontro olhos vermelhos de tanto chorarem, e agora esses se refletem nos meus. Não sei se essas lágrimas que saem dos meus olhos são reais, ou forçadas pelos vagos sentimentos que caminham pelo meu corpo. Só sei que me escondo no vazio, talvez pelo medo de transmitir tal fragilidade ou de parecer ou ser exageiro.
  Agora apenas ganho a certeza de que você me traz a saudade em que quero dar as mãos e carregá-la ao meu lado sempre que me lembrar de você.
Eis algo que nunca te falei: eu te amo, meu eterno amigo. Meu eterno companheiro. Meu eterno...avô.

sábado, 27 de novembro de 2010

Fujam do padrão!

 
  Precisamos estar chorando para parecermos triste?
  Apenas sorrindo estaremos felizes?
  Só tendo a típica beleza teremos a atenção desejada?
  Será que ter a opinião ou o gosto relacionado àquilo que aparenta ser ridículo significa ser mal aceito?
  Ter algo que não consentem é motivo para excluir ou ridicularizar alguém?
  Quando é que vão entender que essas pequenas generalizações são as que mais podem nos ferir?
  Ou entender que cada classificação como essas são capazes de trazer o preconceito ou a falta de liberdade?
  Sinto que para se tornar alguém precisamos ser aceitos pelos outros ou pelos indivíduos a sua volta.
  Por que não entendem isso se é algo tão óbvio?
  O tempo criou uma sociedade egocêntrica!
  Para alguns serem considerados, precisam ser alguém que não são e se adaptarem a certa aprovação.
  Diante desta situação, apenas peço: por favor, mudem! 

domingo, 21 de novembro de 2010

Saudades!

  Já sentiu alguma dor? Uma saudade de alguém sem nem mesmo ela ainda ter ido embora? Já descobriu em um último momento que aquele simples amigo pode fazer a maior falta do mundo? Que tudo vai mudar totalmente por causa de alguém que vai embora?
  Bom, acho que estou sentindo isso. Sinto um frio estranho na barriga, um impulso vindo do peito até os olhos. Tento controlar a quantidade de lágrimas, mas não é possível. Pelo visto é uma força involuntária. Sempre que tento mudar de pensamento, lembranças resolvem aparecer fazendo toda essa sensação voltar e reforça a triste realidade de que ele vai embora.
  Se soubesse que esse dia chegaria tão cedo, eu aproveitaria cada momento em que ele estava ao meu lado, voltava no tempo e viveria mais presente a cada risada juntos, a cada sorriso, a cada simples olhar.
  Percebi que o tempo é algo valioso, pois pode levar embora muitas preciosidades.
  É estranho imaginar a rotina sem ele presente nela, ou melhor, é difícil me conformar da existência desse novo futuro.

O meu tempo...

O tempo passa, os dias vão se embora. A cada ano que ainda não passou eu me sinto mais velha. Eu conto os segundos, eu olho para os minutos, mas mesmo assim eles passam. Não tem como pará-los.
Acho que não existe o presente. De vez em quando eu lembro do meu passado,daí, penso no futuro que já virou presente, o qual não existe mais.
A cada pessoa que passa, a cada passo delas, tudo passa. O presente já passou... E O FUTURO?

É AGORA!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Acho que...

Já sentiu algo estranho? Novo? Algo que não queria sentir?
Juro que tento fazer meu coração bater mais devagar quando você se aproxima. Juro que tento não chorar quando lembro que você não me vê como te vejo. Juro que tento evitar que as suas risadas ecoem na minha cabeça. Eu realmente evito me comover quando te vejo chorar. Queria poder arrancar esse sentimento do meu peito e trancá-lo em uma caixa. Uma caixa de jóias. Em que essa é a pérola mais especial.
Tento me conformar com fato de que a realização de meu desejo não é possível; rezo para poder acordar no dia seguinte e tudo isso ter sido apenas um sonho. Mas não.
Quando te vejo sofrer, tento não seguir esse caminho, com o objetivo de te dar uma sensação de segurança, mas a última coisa que sinto é isso. Segurança. Talvez esse seja o problema...A falta de confiança. Falta de auto-estima. Achava que você era a única pessoa que poderia inverter esses sentimentos, mas logo agora que preciso de suas mãos, elas me faltaram. Aquele seu carinho que ninguém faz igual se perdeu em minhas memórias. Acho que te amo, mas por quê?